Quais são os diferentes tipos de estoques e como conciliar a gestão

Quando o assunto é estoque, normalmente são abordados tópicos relacionados a gestão, a inventário, a quantidade de mercadorias e KPIs. Só que também é essencial saber diferenciar as características e formas de organização dos tipos de estoque para manter a eficiência e a lucratividade de um empreendimento. 

A partir disso, é possível decidir com propriedade qual o modelo mais adequado a cada momento e gerenciar as reservas corretamente.

Para o sucesso do seu negócio, entenda a seguir sobre os tipos de estoque, a importância de saber as diferentes formas de organização e como conciliar a gestão de diferentes modelos. 

Navegue para entender sobre os tipos de estoques:

• A importância e as vantagens de saber os tipos de estoque
• Quais são os diferentes tipos de estoques?
• Dicas para conciliar a gestão dos diferentes modelos de estoque
• Dúvidas frequentes

A importância e as vantagens de saber os tipos de estoque

A escolha do tipo de estoque é importante por ter influência sobre as chances de crescimento do mercado, prejuízos com os custos de armazenamento e os resultados das vendas e lucros. 

Como há diversas variáveis e demandas do empreendimento, não existe resposta certa de qual tipo de estoque deve ser usado. Na realidade, o melhor tipo de estoque é aquele que oferece o equilíbrio: sem produtos em excesso no inventário, mas também com a garantia de que não faltará. 

As vantagens de saber quando optar por cada tipo de estoques são: 

• Diminuir custos;
• Evitar prejuízo desnecessário;
• Conseguir atender as demandas;
• Identificar e prevenir problemas;
• Conquistar a confiança do cliente ao oferecer uma boa experiência de compras. 

Como cada estoque tem características diferentes e cada empreendimento tem funcionamentos diferentes, alguns tipos de estoques vão fazer sentido para o seu negócio e outros não. Por exemplo, as necessidades de empresas de alimentos perecíveis estão relacionadas ao armazenamento e prazo de validade. Não é todo tipo de estoque que atende a essas demandas e este segmento não pode se dar ao luxo de ter um estoque parado.

Então, é fundamental entender sobre as várias organizações para saber avaliar o melhor ou melhores tipos de estoque mais adequado naquele momento. Para isso é importante considerar:

• Objetivos;
• Segmento e características do empreendimento;
• Hábitos do público-alvo;
• Demanda pelo produto;
• Período do ano. 

A seguir você descobrirá mais sobre as características de cada tipo de estoque. 

Quais são os diferentes tipos de estoques?

Os estoques podem ser divididos em três categorias: operacional, segurança e especulativo. Cada tipo tem características específicas com diferentes objetivos, funções e resultados.

As principais características de cada um são:

Sazonal ou de antecipação

Este tipo de estoque é quando a empresa enche o local de armazenamento com produtos para garantir o atendimento rápido da grande demanda em certos períodos do ano, como as datas comemorativas ou cíclicas (mudança da estação, volta às aulas e as férias).

Por exemplo, uma loja de brinquedos tem alta demanda no Natal e Dia das Crianças. Ovos de chocolate tem a demanda na Páscoa, panetone no Natal e papelarias devem se preparar para a volta às aulas. Já empresas do segmento de roupas devem ter roupas de frio para o inverno e outras mais frescas para o verão.

Como esse aumento da demanda já é planejado e esperado, é importante analisar dados para estimar a quantidade de produtos necessária e evitar a falta. 

Consignado

O dono dos produtos (consignante) terceiriza a venda dos produtos aos consignatários, mas sem deixar de ser o dono dos produtos. Caso os produtos não sejam vendidos, o consignante recebe-os de volta. Este é o caso das roupas de diferentes marcas em lojas de departamento, por exemplo. 

Esse tipo de estoque é indicado para vendedores que:

• Não possuem espaço livre para armazenamento;
• Querem promover entregas rápidas;
• Desejam aumentar os canais de vendas;

Estão começando as vendas e querem entender os hábitos de consumo do cliente.

Leia mais: Terceirização logística: o que é e quais são os seus benefícios para as empresas?

Inativo

É composto por produtos que não venderam conforme o esperado e “encalharam” no estoque, virando mercadoria obsoleta. Para avaliar a implementação desse modelo é necessário considerar o tipo de mercadoria e prazo de validade. 

Se tiver espaço para armazenamento e o produto não for perecível, eles podem ser mantidos como estoque inativo e guardados até o próximo ciclo de vendas. Este é o caso de bandeiras do Brasil e vuvuzelas, que têm alta demanda apenas a cada 4 anos em épocas de Copa do Mundo.

No caso de mercadorias com prazo de validade, como ovo de páscoa e panetone, a alternativa não é viável e, após as datas comemorativas, devem ser realizadas promoções para vendê-los. O lado positivo é que a marca ganha destaque ao realizar esse incentivo ao giro de estoque. É necessário ter atenção para evitar prejuízos, já que os descontos diminuem a margem de lucro. 

Mínimo

O estoque mínimo é o nível que indica a necessidade de abastecimento ou em breve faltará produto. Para calcular o número do estoque mínimo devem ser considerados a demanda e as datas comemorativas, pois isso afeta o resultado. 

São necessárias duas fórmulas para este cálculo:

Consumo médio diário = consumo das mercadorias em um determinado período / dias deste período 

Estoque mínimo = consumo médio diário x tempo de reposição

A empresa que não sabe quando o nível está no mínimo, corre um grande risco de ficar sem produtos e perder lucros e consumidores. Para acompanhar a perda de vendas, pode ser usado o indicador Throughput Value Day (TVD), que significa perda de vendas por dia em português.

Médio

Este tipo de estoque auxilia no monitoramento da média do estoque durante certo período. Isso permite saber quanto tempo os produtos ficam armazenados e possibilita compreender melhor o funcionário e traçar novas estratégias considerando a necessidade de aumentar ou diminuir o número de produtos armazenados. 

A fórmula para calcular é: 

Estoque médio = (estoque inicial do período + estoque final do período) / período escolhido.

Máximo

Este indicador é o máximo de produtos que o estoque suporta, não tendo mais espaço ou orçamento para comprar mais produtos. Ele é atingido quando muitos produtos são adquiridos, seja por erro ou para baratear o valor da compra. O indicador para saber o prejuízo é o Inventory Value Day (IVD), que em português significa valor do excesso de estoque por dia.

Já a fórmula para calcular o nível máximo é: 

Estoque máximo = estoque mínimo + lote de reposição

Com isso, não deve ter novas compras até segunda ordem, exceto em casos de sazonalidade quando há alta rotatividade, para evitar que os produtos encalhem. 

Por exemplo, não é uma decisão inteligente escolher o estoque máximo devido a promoções se a demanda está caindo, como seria o caso de uma loja de roupas comprando peças de frio baratas no fim do inverno.  Para solucionar esse problema, a loja teria que fazer liquidação e arriscar ter prejuízo financeiro ou usar espaço para manter o estoque inativo até o próximo inverno.  

Outro ponto é que o estoque máximo dificulta manter a preservação e segurança dos produtos, aumentando chances de avarias, expiração de prazo de validade e extravios.

Proteção/contingência/isolador

Consiste em comprar maior quantidade de produtos do que o normal para ter margem de segurança. Este tipo de estoque é usado em situações de imprevisto como:

• Demandas acima do esperado;
• Greves;
• Falha na distribuição;
• Alta de preços;
• Crises econômicas;
• Guerras.

Apesar de aumentar o custo com armazenamento, este tipo de estoque serve como garantia que o nível de produtos será mantido normalmente e não faltará para o consumidor. Então, em crises de abastecimento, esse modelo é uma alternativa para se destacar da concorrência por ter como vender, enquanto eles não. 

Esse é um tipo de estoque preventivo que pode ser combinado com o mínimo, por exemplo. Normalmente é usado pelos setores alimentício e automobilístico, mas é bastante vantajoso, principalmente para mercadorias com alta margem de lucro que ocupam pouco espaço. 

De ciclo/cíclico

Usado por empresas com grande variedade e rotatividade de produtos que possuem ciclos de venda diferentes. Por precisar lidar com demandas diferentes e constantes, é um tipo de estoque bastante difícil de gerenciar. Por isso, o planejamento é essencial para que a produção do produto faça sentido com a respectiva demanda.

Por exemplo, se uma empresa precisa fabricar 3 produtos com demandas semelhantes, mas não tem capacidade de produção simultânea, precisará de um planejamento para lidar com essa situação.  

Este tipo de estoque é comum em panificadoras, indústrias automobilísticas e de vestuário, que precisam fabricar diferentes produtos e lidar com diferentes demandas. 

Dropshipping

Neste caso, quem vende o produto é apenas um intermediário entre o cliente e o fornecedor, então não precisa ter lugar para armazenar os produtos e não há gastos com a gestão de estoque. Este modelo é indicado para vendas onlines e pequenos empreendedores que estão iniciando ou que fazem produtos personalizados, como camisetas e bonés.

Para este tipo de gestão de estoque ser bem-sucedido é necessário parceiros confiáveis com localização estratégica, pois a entrega é em nome da sua empresa. Além disso, a comunicação é muito importante para o cliente receber o pedido corretamente. Assim, as Dark Stores são uma alternativa muito interessante para esta opção. No caso da Grin Store, além de oferecerem localização privilegiada, ainda há o diferencial de oferecer entregas com entregadores próprios da empresa e terceirizados. 

Cross Docking

O estoque fica concentrado em uma unidade de distribuição e o pedido do cliente é entregue sem que haja participação direta do vendedor após a compra. É uma alternativa bastante usada por e-commerces.

Em trânsito/de canal

Este é um modelo intermediário caracterizado pelo movimento, ou seja, os produtos estão “em transporte” até o local de armazenamento ou até o cliente. 

Estes produtos são considerados parte do inventário, mas devem ser distinguidos como estoque em trânsito para o controle sob as mercadorias e o monitoramento de carga ser efetivo. Por exemplo, caso você esteja com o nível de produtos baixo, precisa ter a informação se há produtos em rota, caso contrário, há o risco de pedir mais mercadoria sem necessidade e poderá atingir o estoque máximo.

Regulador/de segurança

Consiste em um estoque central com grande capacidade de armazenamento e maior quantidade de produtos localizado em um centro de distribuição ou na maior loja de uma rede com filiais. É normalmente usado em farmácias, sendo uma alternativa interessante para suprir a demanda de outras unidades. 

A função deste tipo de estoque é diminuir as chances de problemas em situações inesperadas, como demandas pelo sucesso repentino de um produto ou atraso na entrega, e também diminuir os custos com espaços de armazenamento e os prejuízos pela falta do produto.

Para esse modelo funcionar é necessária comunicação integrada para a boa comunicação e acesso rápido às informações dos estoques entre as lojas. Antes que faltem os produtos, já deve começar a procura pela reposição deles, mas a consulta em tempo real também é importante para o cliente não precisar ficar esperando.  

Leia mais: Logística integrada: estratégia para agilizar os processos logísticos e fidelizar os clientes

O ideal é evitar a falta de produtos ou poucos produtos no estoque, pois se não for possível efetuar a reposição, haverá a frustração e decepção de clientes e cliente em potencial, além da perda de lucros para a concorrência. Por isso, entender o papel de cada um dos tipos de estoques é importante para saber otimizar a gestão dos diferentes modelos e como solucionar os problemas. 

Dicas para conciliar a gestão dos diferentes modelos de estoque

A gestão de estoque é importante para minimizar os erros e falhas do processo que trazem prejuízos e aumentam os custos logísticos, como os produtos ficarem encalhados e virarem estoque inativo. 

Quando a gestão é eficiente, é possível padronizar e centralizar os processos, possibilitando a otimização contínua, e ter acesso a informações como a demanda dos clientes e a quantidade ideal de produtos armazenados. Isso ajuda a proteger o produto, diminui prejuízos e evita retrabalho, perdas, furtos, avarias e descartes pela expiração de prazo de validade. 

Confira dicas para a gestão eficiente dos diferentes tipos de estoque: 

• Faça o inventário com frequência para saber a quantidade de produtos armazenados;
• Monitore a entrada e saída e produtos, além do giro de estoque;
• Utilize tecnologia para automatizar os processos e aumentar a eficiência da gestão de estoque e da execução das tarefas;
• Tenha flexibilidade para realizar promoções e evitar estoque inativo;
• Acompanhe os dados com o histórico de vendas; 
• Integre as áreas para a comunicação ser rápida e eficiente;
• Estipule um valor para perdas e danos. 

Ao seguir estas dicas, você aumentará as chances de sucesso do seu empreendimento.

Leia mais: Gerenciamento de estoque: como reduzir o custo com uma Dark Store

Ficou com dúvidas sobre os diferentes tipos de estoques?

Abordamos aqui as diferentes características dos tipos de estoque para que você saiba avaliar qual o modelo mais adequado para resolver cada necessidade do seu empreendimento e, assim, mantenha a eficiência e a lucratividade do seu empreendimento. 

Caso o modelo de Dark Store seja a solução para as necessidades do seu empreendimento, converse conosco para entender os diferenciais dos serviços da Grin Store ou conhecer mais sobre as vantagens. 

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Dúvidas frequentes sobre os diferentes tipos de estoque